Só a partir de 1845, porém, o saxofone é introduzido de modo generalizado nas bandas, e tal fenómeno tem por base uma história curiosa: Por volta desse ano (1845) as bandas militares francesas ainda usavam o instrumental tradicional das orquestras, sem saxofone. Sax resolveu então apresentar um desafio – colocar frente a frente, em despique, 2 bandas, uma com saxofones e outra com o instrumental tradicional. Reza a história que o sucesso estrondoso que obteve a banda de Sax, com 28 músicos (a banda militar francesa tinha 35) foi de tal ordem, que nesse mesmo dia o saxofone foi introduzido oficialmente no instrumental das bandas militares francesas. Daqui até à sua generalização pelas bandas de todo o mundo foi apenas um pequeno passo.
Este instrumento aparece pela primeira vez na orquestra em 1846. No início do Século XX, alguns compositores escreveram solos para saxofone e orquestra como a "Rhapsody" (1903) de Claude Debussy e a "Fantasia Para Saxofone Soprano e Orquestra" de Heitor Villa Lobos. Villa Lobos escreveu ainda diversas peças para câmara, onde aparece o saxofone como os Choros #3, 6, 7, 8, 10, 11 e 12.
Abordando a construção do saxofone. Instrumento de sopro, fabricado em metal mas genericamente pertencente à família das madeiras, uma vez que a emissão do som se faz através da vibração de uma palheta simples (normalmente de bambu) presa numa boquilha semelhante à do clarinete e a articulação dos vários graus tonais se faz através da utilização de um mecanismo de chaves semelhante ao da flauta transversal. Possui 26 orifícios accionados por 23 chaves (instrumentos mais actuais) com sapatilhas de couro. O formato é praticamente idêntico a todos, sendo de forma similar a um cachimbo ou ainda recto. Os mais usados são os saxofones soprano, alto, tenor e barítono, existindo, contudo, outros com o baixo, e contrabaixo e o mais agudo de todos o sopranino.